Ylivieska Church
Concurso - Finlandia (2017)
Programa: Igreja
Área: 2000m2
Arquitectura: João Caldas, Rita Breda, Pedro Rodrigues, Francisco Calheiros
Entendemos a nova igreja de Ylivieska como que ancorada na memória da anterior tendo sido para nós essencial na decisão de implantação a relação que ambas estabelecem preservando-se as ruínas da anterior igreja como espaço de celebrações ao ar livre. É precisamente a nave da antiga igreja que estabelece o eixo de implantação e permite, enquadrado com o Sankarihaudat, estabelecer um adro - recepção da comunidade no acesso à igreja.
Entendemos a nova igreja de Ylivieska como que ancorada na memória da anterior tendo sido para nós essencial na decisão de implantação a relação que ambas estabelecem preservando-se as ruínas da anterior igreja como espaço de celebrações ao ar livre. É precisamente a nave da antiga igreja que estabelece o eixo de implantação e permite, enquadrado com o Sankarihaudat, estabelecer um adro - recepção da comunidade no acesso à igreja.
Em termos programáticos definimos 4 núcleos: a nave, a área social, a área paroquial e a entrada que distribui todo o programa. Estes organizam-se de acordo com 2 eixos; o eixo desenhado pela nave lateral da antiga igreja, e o seu eixo perpendicular, que se encontram no hall de entrada e cruzam na porta da nave. No eixo da anterior igreja estabelece-se o circuito baptistério/cemitério e separa-se a área social da nave. O eixo perpendicular define o percurso que nos direcciona da entrada a um pequeno altar com ligação visual ao exterior e à escultura veistos Lakeuden liekki. Este separa a nave do programa paroquial. A nave desenha-se em planta circular abraçando a comunidade e mantendo a vista para o cemitério que a janela do altar enquadra.
A indicação de um tempo de vida mínimo de 200 anos definiu a nossa decisão no que concerne aos materiais, sistemas construtivos bem como integração na paisagem. Recordando a antiga igreja, salientamos as suas coberturas avermelhadas que se vislumbravam desde longe e se destacavam na neve, bem como a sua estrutura em madeira que imprimia aos alçados uma específica estereotomia e desenho numa escala de proximidade, mais humana. No sentido de perpetuar a memória colectiva e histórica optámos por imprimir ambos na nova estrutura sob a forma de betão com cofragem de tábuas de madeira e pigmento avermelhado. Desta forma propomos um sistema construtivo que se compõe por um pano de parede exterior em betão pigmentado e um segundo pano de parede interior, em betão polido cinzento/branco.
A torre sineira para além de assinalar a presença da igreja permite atirar o olhar e indicar a direcção da antiga igreja e novo espaço de culto exterior, desenhando um segundo espaço de adro, menor, que serve o eixo nave/cemitério.


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